sábado, 24 de dezembro de 2011

E o presente de natal?


Se você não conhece esta história eu vou fazer um resuminho dela...

Tudo começou quando um bom velhinho chamado Nicolau, resolveu passear no dia de natal, como em todas as cidades isso é possível, o velhinho se deparou com crianças nas ruas tristes e solitárias, naquele momento, como bispo que era, deixou que esse mesmo sentimento que nos invade nesse dia, invadisse seu coração, cheio de amor e solidariedade, lembrou-se dos reis magos que ao saber do nascimento do menino Jesus trouxeram-lhe presentes e ali parado diante das crianças foi impossível não ver no rosto daquelas crianças a face do menino pobre que a mais de dois mil anos nascia pobre sobre o coxo de animais...

Como cristão, seu coração era repleto do amor que Jesus ensinou e como bom entendedor do evangelho, lembrou-se da passagem que diz, "todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes", o bom velhinho então vendo que aquelas crianças pobres eram a imagem do menino Jesus, dispôs dos bens que tinha e presenteou as crianças, naquele dia viu sorrir rostos que a muito tempo não sorriam, não por que ganharam um presente, mas por que sentiram-se amados.

Saibam vocês que é como diz o ditado; quem não recebeu não tem pra dar; você talvez nunca tenha parado pra pensar mas aquele bom velhinho não distribuía tão pouco presentes, mas amor e por isso, talvez muitas daquelas crianças apesar dos maus tratos que receberam, por um simples ato de amor do bom velhinho, muitas delas quando em algum momento podiam agir com ódio, agiram com amor, pois receberam também...

O presente não as resolveu a vida delas, mas nas ruas onde ninguém olha para elas, quando um homem barbudo que podia estar rezando ou comendo um grande peru mas saiu e foi ao seu encontro com o presente, a vida delas pareceu fazer um pouco mais de sentido, pois olharam a si próprias e viram que eram alguém, pois outro alguém as viu o que nunca tivera acontecido...

Hoje no mundo inteiro, dia de natal, milhões de crianças tem um sorriso no rosto, pois seus pais as amam e refletem esse amor, talvez não como deveriam, com afeto e atenção, mas o presente já é um começo. Mas não para por ai, é preciso que nos deixemos invadir pelo mesmo amor que invadiu o bom velhinho invada nossos corações, possamos assim amar não só nossos filhos que tem onde dormir e o que comer, mas ver que o menino Jesus hoje está passando frio, pois nem um coxo quentinho ele tem, um abraço, talvez nem tenha lembrança do ultimo que ganhou, eu não sei se você pode dar um presente, um cobertor ou um pratinho de alimento, mas lembre-se que o menino Jesus nasceu, e você é o rei mago, quer agradar o menino Deus? ame-o então na face desfigurada de quem os pais não deram ou não puderam dar um banho, um abrigo, um lar.

Acha isso triste? Mas de que vale a tristeza se ela não produz nada? Deixe a tristeza de lado, lembre-se do amor que recebeu do papai do céu, que inclusive te deu um computador para ler essa mensagem, enquanto muitas crianças não sonham se quer com um abraço que custa muito menos que um objeto descartável... Para essa tristeza se transformar em felicidade, esqueça a superficialidade que é dar presente apenas para quem pode lhe presentear também, pois saiba que há mais alegria em dar que receber, faça o teste e descubra que como é o verdadeiro espírito do natal, deixe que a luz do menino Jesus invada teu coração e de tantas outras crianças e seja feliz, não com apenas um presente, mas com o que o menino de Nazaré lhe tocar ao coração...

que o ato do bom velhinho nos ajude a entender o verdadeiro sentido do natal...

FELIZ NATAL




terça-feira, 18 de outubro de 2011

À espera do universo...


 
Estava frio lá fora e o crepúsculo fora vencido pela noite. Aos poucos seus olhos se fecharam, deitado no terraço e hipnotizado pelos corpos tão distantes, ali fora envolvido, pelo manto da inconsciência e nada mais sentia ao seu redor.
Desnudo de sobriedade seus olhos foram se abrindo, mesmo que lutasse, como as trevas que o rodeavam, a realidade era obscura. 
 Cansado de tanto lutar contra os finitos sentidos que ainda disponíveis, saiu de onde estava e ficando de pé olhou, estava pasmado a companhia das estrelas e cometas que distantes passavam e iam embora.
Deitado não mais no seu terraço, mais numa cama de um quarto pálido e metálico, foi andando lentamente rumo grande janela de vidro não acreditando no que via, pois se o universo era outrora  distante, tornou-se de repente o infinito a sua frente. Sem saber o que fazer, lhe batera em seu peito o medo da verdade, que escapava ao seu limite o infinito universo.
Percebera um nível de consciência, mas não se permitia acreditar, pois mesmo com imagens tão nítidas, o que passava nos seus olhos era profundamente lúdico e irreal, distante de toda e qualquer coisa já vista por ele.
Ouviu algo que se movera, mas antes que conseguisse se virar, seu corpo esmoreceu, suas vistas embaraçaram e o universo desapareceu.
Acordado pela aurora, voltara para seu pequeno mundinho, seu terraço puro e seco.
Não tinha certeza de nada sobre o que de fato aconteceu, mas não queria acreditar que fora apenas um sonho.
Ele tinha sede de ver de novo, pois era um horizonte que não fim, que lhe dava medo mas lho fizera perceber sua pequenez e quanto queria ir além.
 A pequenez de sua consciência da verdade, verdade bem sabia que não seria conhecida apenas com olhar, mas que era uma possibilidade que lhe fazia ir muito além do que sua comodidade de cada dia lhe permitia chegar.
Dias tristes eram os de chuva, o chão molhado o frio egoísta das gotas caindo, lhe deixavam em pé na porta de vitrais transparentes, apagava a luz, colocava as mãos nos bolsos e aguardava a chuva passar até altas horas... o cobertor ganhou um novo guarda-roupas, ali atrás da porta que dava acesso para o terraço aguardava quentinho todos os dias ele chegar, deitar-se na cadeira flexível, e dormir no lugar improvisado que se tornou seu quarto de esperanças.
Sim ele tinha esperanças, e nada mais, assim, nua e crua, esperanças de compaixão, de alguém que nunca vira o rosto, pois talvez esse ser olhasse com piedade e percebesse que ele queria sair dali, que queria conhecer...
E assim lá estava, um simples pontinho sobre a terra, apenas um homem que dormia em seu terraço, com as estrelas passando lá em cima e ele parado cá em baixo, cá tão só, cá dormindo, cá esperando, esperando, esperando, esperando espe...






quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Na primeira noite...

(...)Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada(...)
(Eduardo Alves da Costa)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Marca Indelével


  Quem era eu pra dizer que hoje sou melhor?

Não existe nada que possa me comprometer?
Nos últimos dias me tomou conta uma gigante inquietude e sabe por que?
Por que encontrei, em seus limites algo que seja no fundo um pedaço de mim.
E quantas vezes me considerei a um grau de perfeição que não podia te perdoar?
Agora eu vejo, talvez EU precise mais do seu perdão do que você precise do meu. 
Te julguei e como talvez te julguei!
 Não parei pra pensar que talvez  as mazelas impregnadas na tua história tenham feito você sofrer e deixado em ti marcas quase indeléveis de solidão e amargura, talvez não tenham te amado ao ponto que você merecia.
Dizem que quem não ganhou amor, também não tem pra dar.
Mas acho que você não pode dizer isto, por que sempre que fico só, fecho meus olhos, não consigo não pensar em você, nos momentos bons que passamos juntos e isso sem duvidas é amor. Ainda hoje quando me perco em meio a essas lembranças mesmo sem querer as vezes rezo por você, isso não pode ser outro sentimento.
E falando em rezar e perdoar, quantas vezes em minha cama pedi perdão a Deus por meus erros, no entanto, saber disso faz doer minha consciência,  por que em toda minha mesquinhez, de voltar sempre as mesmas faltas, Deus mesmo em toda sua magnitude me perdoa e eu um mero ser mortal me dou ao luxo de não perdoar, penso, será que me julgo melhor que Deus? 
Por fim, eu poderia dizer que vou te perdoar, por que vou precisar que alguma hora que Deus também me perdoe.
Mas não será assim, de fato que tenho muitos argumentos pra te perdoar, mas um luta ferozmente contra o orgulho dizendo que isso não é verdade, mas o orgulho não conseguiu superá-lo, então, te perdôo simplesmente, por que
  EU TE AMO, indelevelmente EU TE AMO!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O amor e os eunucos



  Deus fez o homem e a mulher
Para que pudessem se amar
Constituírem a família
Crescerem juntos e sonhar

Mas não diga que insano
O que por amor se deu
Também fez assim o mestre
No caminho que percorreu

Pois também disse Jesus

Que os eunucos pelo reino
No escolher ao celibato (MT. 19)
Os teriam lá do céu
 Um pedaço reservado


Você me ensinou...


Você me ensinou



Solitário e sem norte
Sem saber pra onde ir
Sem contar com a própria sorte
Sem motivos pra sorrir

                                      Mas você me ensinou
A ter brilho no olhar
E eu que tanto reclamava
Quero hoje só te amar

Lembro de nós dois
Juntos a beira mar
Sentados na areia
Escutando o barulho do mar

Por você Deus me ensinou
Que na vida é preciso amar
E olhando seu redor
Buscar motivos pra sonhar

Nada será mais digno
Nem mais puro ao desejado
Se com uma aliança
Nosso amor for selado

domingo, 18 de setembro de 2011

Dores de amor...

Dores de amor


 Jesus amou o pagão
O órfão e o ladrão
Nem parou pra pensar
Se eles o amavam ou não


Se amo só quem me dá a mão
Então não me atrevo dizer que sou Cristão
Pois da mesma forma age o pagão
Sem nem pensar em reconciliação


Se digo que amo a Deus
Mais odeio meu irmão
É melhor eu esquecer
Que de Deus tenho perdão


Jesus se entregou
Por que sentia só amor
Das chagas não jorravam dor
Mas jorravam só amor


Se ele fosse odiar quem o matou
Não iria se entregar como se entregou
Se ele parasse pra pensar no meu desamor
Não iria se entregar com dores de amor







quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mesmo que doa a ferida...

Mesmo que doa a ferida



Mesmo quando sofrer
Não vou deixar de te amar
Mesmo que aperte os espinhos
Com você eu quero estar

Mesmo que doa ferida
Eu vou te ajudar
Pois se puder em minha vida
Nunca vou te abandonar

Sei que pensei só em mim
E muitas vezes não soube te amar
Mas é por te ver assim,
Nas ruas passando fome, que hoje vou te alimentar

  

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Amor não é correspondencia...

Amor não é correspondencia


Amor não é só sentimento
Que se joga nas asas do vento
Também não é só pensamento
Que vai sem limite de tempo

Amor tem que ser verdadeiro
Amor tem que ser compromisso
Amor tem que ser um presente
Dando o corpo alma e mente

Amor tem que ser sapiência
Sem esperar do amado correspondência
Amor tem que ser cuidadoso
Sem nem pensar no defeito do outro

Só amo você de verdade
 Se de você a felicidade
É muito mais importante
Do que eu e minha própria vaidade

Com limites e defeitos preciso de Você
Não por que me preenche e da carinho
Mas por que gratuitamente
do meu coração dou um pedacinho