segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Lembranças pra te encontrar...
"As pessoas vão
Os sonhos ficam
Restam lembranças
Marcas do que se foi
Não olho pra fora
Não vejo você
Mas aqui no fundo
Está pertinho
Se levanto olhar
Desvio de ti
Prefiro que vá
Que antes me olhar
Veja meus olhos
Vermelhos de chorar...
Talvez um dia
Andando numa praça
Passando sobre a ponte
Que no riacho se declina
Possamos nos encontrar
E ao som da cachoeira
Vier de novo amor
Que acabou sem acabar
Mas vive esperando
O momento que tanto espero
Mais uma vez eu te encontrar!"
terça-feira, 17 de julho de 2012
O tempo me fez perceber...
“Com o tempo perdi a vaidade,
a timidez e um caminhão de coisas que a idade me obrigou a repensar.
Quando as coisas simples foram as únicas que podia fazer, as únicas opções de felicidade, foi só então que percebi que, prédios, status, poder, roupas, pompas, são ilusões
pois no fim não garantem a imortalidade, amigos e que dirá felicidade, só então
que entendi com mais profundidade o que já dissera um grandiosíssimo sábio, que
talvez você conheça;
-----"BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO, PORQUE
DELES É O REINO DOS CÉUS;"
Mateus 5:3 -Jesus de Nazaré
Com o tempo conheci minha fraqueza e o quanto foi inútil
relutar na prepotência de um verdadeiro "Super-Homem"(que não
existe), no entanto também com o tempo aumentou a dificuldade admitir que
tudo o que disse não tinha sentido.
Digno de pena, é saber que tive
que esperar o tempo passar para perceber que a essência do verdadeiro homem,
"não está em ser servido, mas em servir" pois sei o quanto já dormi
sonhando em ser servido e depois perceber que ser servido não é ser amado, mas bajulado e que sem poder acabam os bajuladores, quantas vezes tive certeza que coisas tão belas eram a face de Deus, mas Deus estava escondido onde ninguém volta o olhar.
Quantas vezes vi a matéria como se fosse o espírito.
A quem o tempo não ajudou a ver isso, ao menos aceite experiência de um amigo, para mais tarde não sofrer pois as vezes a vida se perde por "pequenezas insignificantes" fantasiadas de "grandezas significativas"também ao ver
a vida se perder com "pequenezas insignificantes" mascaradas de "grandezas significativas".”
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Nova vida a cada vento.
Cada sonho que
tenho, vejo ter um novo motivo, não por que um novo sonho é simplesmente um
novo sonho, mas por que a cada novo sonho posso encontrar um novo horizonte.
Não, não fico
oscilando de perspectiva pra perspectiva, mas encontro em um novo horizonte uma
possibilidade mais prospera do sonho se tornar realidade.
Não, não acredito numa distante utopia, mas acredito
que a cada dia, a cada experiência que tenho, a cada erro e tropeço que por ela
passo, encontro então novas trilhas que não posso trilhar, e cada ato bem
sucedido a caracterização de um passo mais firme, saio do mundo das idéias e
entro no mundo concreto, onde as coisas, não são perfeitas mas, possíveis,
tangíveis e sensíveis.
Cada buraco passado é sabedoria para não voltar no
mesmo lugar, assim uma nova dica de um caminho que não devo andar, menos um
empecilho para meu caminho.
A cada passo
contrário que der longe de meu sonho, não significa o sonho mais distante, mas
um acordar dum sonho platônico e ilusório, se aproximando do sonho real, limitado, mas real, imperfeito mas
tangível.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Amor platônico e o jogo do amor.
Era um dia frio
do mês de junho, de longe ele a olhava e muito embora não a conhecesse sentia
seu coração sincronizar-se ao dela naquele pranto matutino, seus olhos
brilhavam e faltavam poucos graus para que suas lagrimas petrificassem antes
mesmo de chegarem ao queixo. Mas as lagrimas não perdiam muito calor pois a fumaça
que evaporava do chocolate quente da moça não permitia, com a xícara próximo ao seus lábios,
virava o rosto inclinando a cabeça, apertava as pálpebras ou olhava o vazio
balançando a cabeça, enquanto ele corria a vista para aquele rostinho meigo sem perceber, o jornal que ele olhava sumiu de sua frente diante daquela cena.
Os demais
clientes do café preferiram assentar-se dentro da loja aquecida para
proteger-se do frio e mesmo com leve vento que acrescentava a sensação de
alguns graus a mais, a moça não se movia da mesa externa.
Como nenhum
outro dia, aquele momento sob aquelas circunstancias poderia parecer uma um
presente do destino, afinal, não era um dia qualquer, era dia dos namorados e
por nenhum outro motivo o executivo sairia em plena quinta feira de um
expediente normal, para comprar jornal se não fosse pela inspeção do corpo de
bombeiros que exigiu o esvaziamento do prédio depois de um tremor suspeito.
Sem imaginar o
porque de seu sofrimento se aproximou da donzela.
– Espera alguém? Perguntou-a com a
primeira frase que veio à cabeça, com as mãos pronto a para puxar a cadeira.
Reclinando a
cabeça para esconder suas lagrimas a moça respondeu-o prontamente.
– Por favor deixe-me sozinha.
– Desculpe minha indiscrição, mas não pude
deixar de notar, como pode uma moça tão linda em pleno dia dos namorados nesta
lamúria tão triste? Tamanha graciosidade –continuou– nunca deveria estar neste
frio tão solitária. Por favor deixe-me sentar, quem sabe posso ajudá-la?
Com as mãos envolvidas no calor da xícara,
respondeu-o com voz baixa.
– Você não pode me ajudar. –Correu seus
olhos rapidamente sobre o rapaz que a observava compadecido.
Já sentando-se ele insistia.
– Logo os bombeiros terminarão o trabalho
que estão fazendo no prédio em que trabalho, eu vou ter que voltar, não sei se
você vem aqui todos os dias, mas esta é a primeira vez que venho neste café,
normalmente peço para ,minha secretária buscar algo para mim, então
provavelmente não nos veremos novamente, se quiser, desabafe, vai lhe ajudar.
Enxugando o rosto ela sentiu-se melhor com o
empresário que a olhava interessado em conhecer sua dor.
– Obrigado, normalmente as pessoas não olham
para os lados, principalmente para alguém chorando.
– Mas eu olhei, aliaz não há como não notar
uma moça tão linda como você.
– Você está tentando me confortar...
– Eu garanto que não, melhor dizendo, de
certa forma sim, mas você é realmente vislumbraste!
Soltou a garota um sorriso pequeno. E o
rapaz continuou.
– A propósito, João Paulo. Estendeu a mão
para comprimenta-la.
– Karine.
– Muito prazer Karine, conte-me, o que te
faz tão triste?
– Esse deveria ser um dia muito especial pra
mim...
– E por que não está sendo? Não agüentava o
homem de curiosidade.
–Era agosto, e minha família tinha ido passar
uns dias na fazenda de um colega, meu pai estava de férias e como não podíamos
viajar por causa de minhas aulas e de minha mãe que também trabalhava, faltei
uns três dias na escola e minha mãe pediu um pequeno recesso, foi apenas uma semana, mas o suficiente pra
tudo começar...
– Foi aqui mesmo? Interrompeu ele.
–Não, em Goiás.
– A sim, continue.
– A fazenda era linda, tinha uma plantação
de ipês-amarelos muito grande e estava na época da floração, como eram uma
família tradicional, as arvores plantadas por seu avô ainda jovem eram um
patrimônio a mais da fazenda, a paisagem toda amarela era como estar num mar de
ouro pintado pelo criador. Nos fundos passava um rio de água cristalina, era um
verdadeiro paraíso, podiam-se ver os peixes por sobre as pedras e alguns galhos
que caíram na água. Por volta das dezoito horas, meus resolvemos ir pescar, eu
já conhecia o filho dos donos de vista, mas ainda não tinha conversado. Ao
chegarmos no riacho ele me convidou a segui-lo pois queria me mostrar algo,
subimos um pouco, eu ainda não tinha visto, então ele me levou a cachoeira, não
era muito grande, tinha apenas uns três metros de altura e uns dois de largura,
com algumas falhas entre elas, foi engraçado, ele me perguntou-me se já tinha
visto algo assim, eu respondi que não, “não existe isso na selva de pedras onde
eu moro”, ele sorriu, e não demorou muito para que começasse a gostar dele, mas
não aconteceu nada, então completou-se o tempo de nossa estadia e tivemos que
voltar, tentava não pensar mas era impossível, aquele Oasis no ano em que a
escola estava mais difícil, já concluindo o ensino médio, lembrar das férias
improvisadas era lembrar dele também e pra minha surpresa depois de uma semana
que voltamos ele ligou para falar comigo, e assim ficamos conversando pelo
telefone, ele mandava presentes, certa vez chegou até a comprar flores naturais
através de um site que tinha sede aqui na cidade, e o tempo foi passando, e
quando completavam-se nove meses que conversávamos ele veio me visitar, eu não
acreditei quando o vi, estava na faculdade e era intervalo, de repente, minhas
amigas levantaram-se e me deixaram sozinhas na mesa, não entendi nada até que
um garçom se aproximou e entregou-me um bilhete, ao abrir fiquei mais pasmada
ainda, era um pedido de namoro, olhei para os ladas não via ninguém quando me virei
rumo a porta, lá estava ele, com um buque nas mãos e vindo em minha direção,
não tinha quem não olhasse, foi incrível, então começamos a namorar, ele
mudou-se pra cá e transferiu a matricula da universidade, pra resumir a estória
nos apaixonamos, ele não foi meu primeiro namorado mas foi o que mais marcou,
não ficávamos um dia sem nos ver, quando ele estava muito ocupado, apenas o via
quando passava para me levar a faculdade, mas o final de semana já tinha programação,
nós dois juntos, não tinha o que não quisesse que ele não buscasse para me dar
ou me presenteasse, nossos gostos mais pareciam um cardápio, com as mesmas
receitas e mesmas singularidades. Então, a cerca de um ano atrás, no aniversário
de nosso namoro ele pediu-me em casamento, mas eu não preciso nem dizer qual
foi minha resposta.
– Não mesmo. Disse o rapaz envolvido na
estória.
– Tudo começou quando decidimos construir
nossa casa, eu tinha pensado num modelo, e inclusive paguei o arquiteto para desenhar
a planta, não queria obriga-lo, apenas levei minha idéia, mas a rusticidade
dele parecia não condizer com a pessoa que havia conhecido a três anos antes.
Desde então, ele não mais me tratava da mesma forma, pereceu mudar tanto que
nem das mesmas coisas ele gostava mais. Restavam um mês para nosso casamento,
quando marcamos, pensamos em programar para hoje mas a casa não estaria pronta
a tempo e adiamos em um mês. Hoje cedinho não agüentei esperá-lo e resolvi
ligar, mas não atendia, peguei meu carro e resolvi fazer surpresa pra ele, fui
até seu apartamento estacionei meu carro, e fui até a portaria falar para o
porteiro que não avisasse a ele, eu estava com seu presente na mão mas nem
ligaria se ele não tivesse comprado ainda, foi aí que meu mundo desabou, ao
avisar o porteiro tive a chocante notícia; “Ele disse que estava saindo de
viagem e voltaria dentro de dois ou três dias”. E não acreditava no que tinha
ouvido, não era só o dia dos namorados, era o aniverssário de dois anos de
namoro, e ele tinha viajado sem sequer avisar. Minha vontade era jogar aqule
presente no lixo na mesma hora, mas me agüentei, quem sabe poderia ser alguma
coisa com sua família, então tentei ligar para ele mais uma vez já no carro,
ele atendeu dessa vez, deu-me bom dia e perguntou por que ligava tão cedo, era
por volta das seis e trinta da manhã, eu fiquei sem resposta, ele me chamou
novamente pelo nome mas desliguei e comecei a chorar, não podia acreditar que
ele esquecera de um dia tão especial. Ele ligou-me de volta, mas eu desabei,
falei o quanto estava chateada, mas foi pior, ao invés de se desculpar me disse
que tinha coisas mais graves pra resolver do que o dia dos namorados, ou seja,
não se lembrava de nosso aniversário, uma das fazendas de seus pais pareciam
ter incendiado e eu o compreendo, mas tratar nossa relação dessa forma não
tinha sentido? Eu não suportei e rompi com ele mesmo por telefone, e agora
estou aqui chorando, feito uma boba contando esta estória para um cara que nem
conheço e tomando um chocolate que em nada muda minha situação. – Voltando a
chorar ela fechou os olhos e continuou–
Desculpe, se me prolonguei, você já deve estar enjoado.
– Você não precisa, se desculpar, sabe
Karine, o amor é um mistério, principalmente o amor de namorados, na verdade é
quase um jogo, você começa sem saber direito se vai ganhar ou perder, é uma
aposta cara cujo preço só o coração sabe o valor, as vezes não sabemos jogar e
pensamos que o blefe é a solução para conseguirmos o que queremos, o problema
desse jogo é que isso custa quase tudo o que o outro jogador tem. E sabe o que
é pior, nem sempre sabemos que estamos blefando, ou melhor, não sabemos que
custará tão cara uma coisa que parecia tão simples, e no final os dois vão sair
perdendo. Não foi só você que apostou nesse jogo, ele também apostou, não posso
dizer que você não tenha blefado também, mas logo vê-se que quem fez o maio
blefe foi ele. No começo das apostas ele apostou o que não tinha para vencer, depois
e você aceitou a aposta, ele não conseguiu sustentar pois não se dá o que não tem.
– Eu não estou entendo o que você está
querendo me dizer – replicou a moça confusa fitando o executivo.
– Você não deve chorar, pelo contrário deve
ficar feliz, sei que frustrou suas expectativas sobre seus planos e sobre ele,
mas perceba que se vocês tivessem casado seria pior, o que normalmente
acontece. O homem ou mesmo a mulher na hora da conquista mentem e criam
situações que em nada representa o que eles são realmente, para poder
conquistar o amor e como eu disse anteriormente as vezes nem percebem o perigo
de se jogar assim, talvez ele não tenha feito por intenção, mas essa cara
metade que você conheceu não era realmente ele, isso fica difícil medir, a que
ponto foi original ou astuto.
– Eu não acredito que ele era tão estúpido como
vinha me tratando. Ele mudou, não é possível que tenha sido tão falso. –Karine
negava-se em acreditar que fosse assim.
– Talvez o nome dado a isso seja um amor platônico,
em que você via nele algo que ele não era e ele fazia o possível apara ser
aquilo que você desejava, e mais uma vez repito talvez não haja má intenção
nele, ele se esforçou, mas a cada vez que ele negava-se, jogava um pouco de “entulho”,
até que seu “paiol” não suportou mais. Pode ser que exista algo a mais, mas
quase sempre isso acontece, não trata-se tudo de você mas dele, depois de um
tempo, tudo aquilo que ele tinha negado de ser, voltou-se como raiva, ele podia
ter sido mais original, mas talvez você não gostasse dele, me responda, você
gostaria de um namorado estúpido?
– É lógico que não.
– Aí
é que está o xis da questão, não existe alguém que seja tão perfeito assim, mas
ele provavelmente deduziu que você não suportaria, lembrando que isso é só uma
suposição, não sei se esse é o real motivo dele ser assim, mas em partes isso é
inegável, todos fantasiamos um pouco para agradar o outro, até que esse “paiol”
não agüenta mais tanta negação, e ele passou tanto tempo sem trabalhar-se sobre
quem ele realmente era que ele não cresceu neste período, ele talvez tenha
aprendido que quem ele era não era bom.
– Entendo, você acha então que não existe
mais chance entre nós dois, porquê, francamente, se ele realmente é assim, pra
mim chega.
– Ele não é nem só bom nem só ruim, o que
aconteceu com ele e talvez com você também, é que vocês dois frustraram vocês
mesmo em busca de serem pessoas ideais, você precisa ver que existem defeitos e
falhas nele, também existem em você de outra forma, o fato de ele ter estresse
por algum motivo, não significa que ele precisa descontar em você. E agora
linda, você amadureceu mais, sabe que ele tem defeitos, pode melhorar em muita
coisa, como dar mais atenção a você e pensar na dinâmica de uma vida a dois,
assim como você precisa perceber que existem defeitos em você que talvez ele
não suporte, os dois precisam melhorar mas cientes de que não vivem num conto
de fadas.
– Eu não tinha pensado dessa forma, então
mas é difícil pensar nele assim.
– Nesse jogo Karine, você tem quatro opções,
ou você aposta e corre o risco de ser feliz com ele, sem blefar, mas com
dificuldades, ou você aposta blefando e perde uma hora o jogo, ou você não joga
e fica como está, feliz ou não, ou então parte pra outro jogo, mas te advirto
uma coisa, em outro jogo você vai correr os mesmos riscos, e mesmo que ninguém blefe,
o jogo terá altos e baixos. Pois não existe alguém tão perfeito assim, se está
perfeito talvez falte sinceridade. O jogo perfeito neste caso é aquele que
todos sabem que nenhum dos jogadores é tão bom assim, mas aceitam jogar com ele
porque no final todos saíram ganhando.
– Você falou tanta coisa que nem sei se
conseguirei lembrar.
–Talvez não se lembre, mas esse jogo quem
faz as regras são vocês mesmos, o importante é que haja sinceridade.
Depois da longa conversa com o rapaz, a moça
não mais chorava, mas ficou admirada com a dedicação do rapaz em ajudá-la assim
como sua disposição em ser sincero.
Depois de muito diálogo, ela decidiu romper
definitivamente com o rapaz, pois percebeu que na verdade o casamento não era
prioridade para ele, nem ela estava disposta a deixar seus estudo ou a cidade
para morar na fazenda com ele, afinal não tinham casado e essa renúncia não
acreditava que valeria apena pela forma que já andava a relação dos dois.
Então o café passou a se tornar um dos
lugares preferidos para ela, já o empresário não mandava mais sua secretária
buscar o que comer, ele mesmo descia e quando não os dois almoçavam juntos.
Essa estória não tem final aqui, mas os
agora namorados sonham em se casar, num jogo sincero, de parceria, diálogo,
respeito, compreensão e crescimento mútuo.
E pra você que hoje namora ou sonha em
encontrar alguém para dividir seus sonhos, um feliz dia dos namorados, e um jogo honesto e sincero!!!
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Isso me faz jogar... amigos são sempre amigos!
Um jogo de
esporte é apenas uma forma de exercícios não é verdade? Não responda esta
pergunta agora! Na verdade não quero que responda, quero que pense sobre
isso... apenas pense.
Eu nunca
gostei de jogo nenhum, e tenho meus motivos, principalmente se este envolver
minha canela e meu dedinho do pé.
Jogar bola na
escola era sempre um martírio, ela raramente chegava em meus pés, e quando
chegava eu estava tão ansioso, que não sabia o que fazer, o que outros faziam
em milésimos de segundos, fixando um jogador e chutando a bola sem “enrolar”,
eu demorava vários segundos e aí quando não pegavam a boa dos meus pés, eu
conseguia jogar para fora.
Era uma
habilidade genuína, isso na escola, por que em casa era pior, meu primo e eu,
de vez em quando, pegávamos nossa bolinha de leite jogávamos no chão e aí eu
estava “tirado”, quando era bonzinho, ele deixava que eu desse alguns chutes ou
alguns dribles, mas não adiantava, quando ele não estava de acordo, eu
empurrava, chutava o vazio e sempre a mesma história, ele dominava, mas a
questão não é esta, a questão é que, pior que chutar o vazio, era chutar a
canela dele que não sei por que “raios” de motivo, meu dedinho do pé era sempre
a vítima, mas não sendo bastante, conseguia sempre destroncar-lo, se não fosse
de um pé seria do outro.
E se você
alguma vez já destroncou um dedo, saberá que exite um ima que puxa o dedo ao
sofá, mesmo que você esteja a dois palmos do móvel, ele se aproximará do dedo,
isso só quando estiver machucado. Nos primeiros pensava que iria cair, o dedo dobra
de tamanho e fica verde, só a aproximação das pessoas parecia uma ameaça para
bater no coitadinho.
Por fim acabei
criando trauma de jogar bola, quem gosta de dormir com o dedo latejando?
Aos poucos
outra questão passou a ser decisiva também, a medida que tinham os jogos, eu
não era chamado pois ninguém vai querer um ”mola murcha” no time não é?
E depois as
cobranças eram inevitáveis, eu já ficava nervoso quando a bola chegava a mim e
só piorava em pensar que iria levar um “carão” por não conseguir jogar.
Quando estava
no segundo grau resolvi me arriscar novamente depois de tanto tempo, e ficar no
gol, ora, já tinha superado a lerdeza e o que poderia acontecer? Pois bem acredite
se quiser, quando chegaram perto do gol fui tentar tirar a bola com uma bela “bicuda”
a perna foi pra cima e a outra acompanhou, imagine a sena, a bola, alguém
mandou pra outro lugar e eu fiquei espatifado no chão.
Quando não,
outro dia ao defender o gol, não estiquei o suficiente a mão, então pra variar ela virou meu dedo para
trás, pronto, agora tinha uma novidade, não foram só os dedos dos pés mas das
mãos também.
Na verdade é
normal se machucar em quadra, mas o que mais pesava pra mim eram as críticas.
Quando tinha “queimada” eu jogava, não pegava a bola mas era um dos últimos a
ser acertado, me defendia como ninguém.
Até que um
esporte prometeu mudar esta história, resolvi jogar vôlei, já que parecia com
queimada, e mais uma vez lá estava eu perdido em quadra, não entendia como eram
marcados os pontos já que a bola ia pra fora e uns pontuavam, caia dentro e era
a mesma história, eu tentava jogar para meus colegas quando vinha em minhas
mãos, as vezes não conseguia pegar e outras pior ainda, eu não sabia quando
devia levantar ou bloquear. E não preciso nem dizer que era bombardeado de
críticas.
Jogar então
era uma tortura, mas depois de entrar para o seminário, tive uma experiência que
me surpreendeu. Considerada uma dimensão fundamental, a prática de esportes era
considerada pela reitoria indispensável. Então não tinha muitas opções, ia pra
quadra, mas o quanto pudesse me esquivar dos jogos, eu o faria, sabia que era
importante para jogar pra fora as energias, mas ficaria mais nervoso se fosse criticado.
Então ao entrar
no Seminário Maior João XXIII, de Porto Velho-RO, resolvi voltar a jogar, foi bastante
tenso, meu coração disparava e a ansiedade parecia ser um cárcere, me arrisquei
no vôlei pois não quero votar a destroncar meus dedos.
Confesso que
nos primeiros dias continuava perdido, e “mancadas” eram o meu forte, mas aos
poucos me acalmei, mas a busca da caridade que meus colegas manifestaram foi
fundamental, já faz um bom tempo que jogo, sem medo, sem travamento e
ansiedade, pelo contrário, sinto prazer em jogar. Percebi que o que acontece
não é apenas pessoas que buscam respeitar os limites do outro, mas a vivencia
deste momento como um momento entre amigos, pois quando o esporte é visto como
competição, a dimensão da diversão e da alegria em estar em comunidade pode ser
substituído por uma plataforma de competição, de raiva, humilhação e conseqüentemente
de bulling.
Então, o fato
de eu não gostar de jogos, não significa unicamente que isso “não fazia meu tipo”,
tratava-se de um bloqueio e medo de errar ou decepcionar meus colegas e
acredito que isso não é coisa do passado, é constante nas escolas e em muitos
grupos desse tipo, sei que ficar irritado faz parte, mas isso raramente pode
ajudar. Comecei a refletir sobre isto e percebi, que só aprendi as regras e melhorei
minhas habilidades por não estar mais fixado em não errar, mas sem estresse ou
receio,com uma preocupação natural comecei a acreditar em mim mesmo, meus
colegas mesmo sabendo que eu iria errar o passe jogavam para mim ao invés de
desviar, assim ao invés de me sentir reprimido, me sentia estimulado a ajudar
meu time.
Por tanto,
considero incrível como tem sido bom, seja pelas sensações, pelo bom humor que
a prática de esportes pode causar, pelo benéfico
a saúde, sem contar com a auto estima, confiança, trabalho em equipe, interação
ou até mesmo a criação de laços mais firmes na caridade e de uma amizade mais
arquitetada.
A todos que me fizeram apreciar esta prática admirável,
meus sinceros agradecimentos, a Gledson Santos, Fernando Junio, Edilson Nunes,
Paulo Fenando, Cristiano Amaral, Robson Costa, João Paulo, Jeferson Wenzel,
Renan Amaral e todos que com paciência e caridade fazem desta etapa de minha
vida, rica e inesquecível.
domingo, 13 de maio de 2012
Para minha mãe, e todas aquelas que sabem o quanto seus filhos as amam!
Já faz algum tempo que não faço nenhuma postagem por aqui, pensei em escrever algo para o dia das mães, mas como já se finda o dia, resolvi me limitar em homenagear minhas duas mães, espero que gostem!
Dedicado a minha mãe Maristela e minha mãe-avó Antônia...
Dedicado a minha
mãe Maristela e minha mãe-avó Antônia...
A muito tempo
atrás, beirando 22 anos, uma coisa sublime aconteceu, poderia dizer que foi o
nascimento de um menino, mas naquele dia acontecia muito mais que um nascimento,
acontecia naquele dia a transformação de dois corações, os quais antes levava
sangue para as veias e fazia com que amassem os que estavam ao seu redor,
agora, nesses novos corações Deus implantava o mais alto dos sentimentos, o de
mãe, por que o mais alto? Por que ninguém jamais atingiu a profundidade desse
amor, amor este, que não é um simples gostar, mas há quem diga que este amor
compara-se com o amor de Deus por seus filhos, que sem medir as concequências
doa a vida por eles se preciso.
Se uma me gerando em seu ventre trouxe o mais puro e acolhedor cuidado, a
outra com as mais simples formas, me educava e criava, trazendo um genuíno amor
de avó e mãe no coração, laços de formações tão distintas mas capazes de sentir
mesmo a distancia a dor deste filho que tanto as ama mesmo que nada tenha
falado.
Desejo que consigam chegar ao fim da vida com o ar de missão cumprida.
De filhos criados e pessoas que se sentem imensamente amadas por suas mães,
pois é isso que somos!
Tudo o que aprendi, e consegui com minhas pernas tem um
dedinho de vocês duas, não só pelos ensinamentos. Mas pelos exemplos de
conduta, de retidão, e doação de
compreensão, de amor e sabe lá de quantas formas inconscientes vocês me
ensinaram a amar, a viver, a superar as dificuldades com coragem, empenho,
dedicação e coragem!
Por isso desejo a vocês um abençoado dia das mães e uma
alegria que se perpetue e se revigore a cada novo amanhecer que Deus lhes
conceder!
Feliz dia das mães, mães!
domingo, 8 de janeiro de 2012
Ano novo, será que vai dar tudo certo?
Uma das
coisas mais incríveis do ano novo é o fenômeno que mais parece uma avalanche de
emoções, é muito bom, concordo, só não é tão coerente assim.
Fonte da imagem: http://www.esoterikha.com/ |
Um dos
motivos desse acontecimento é uma coisa que atribuo a carga do inconsciente
coletivo, isso por que é impossível não entrar em contado com o bombardeamento
de pessoas, empresas, grupos, rádios,
televisão e amigos, são centenas de mensagens, imagens, e-mails, vídeos, que
aos poucos vão tornando impossível não embarcar nessa onda de bons sentimentos,
(bons no sentido de prazer) quase não se houve falar em outra coisa que não seja,
prosperidade, paz, e principalmente desejando que você realize todos seus
sonhos.
Não estou
questionando os benefícios que concordo vim atrelado a essa maré de energia
positiva. No entanto descordo dos efeitos da sensação de permanência que nos
passa essa época do ano, isso por que, quem não fica a flor da pele e cheio de
esperanças que no próximo ano tudo irá bem, iremos ganhar muito dinheiro e ser
muito felizes, mas antes que você me ache um pessimista, quero ressaltar
novamente que não descordo dos benefícios desse fenômeno, o grande problema é a
falsa sensação que “vai dar tudo certo”, bem sei que isso é fundamental para
ter sucesso, mas não é bem assim que funciona.
A questão não é acreditar ou não mas a infinitude de positivismo
nos faz acreditar numa magia fantástica. Eu diria que não somos exatamente prejudicados
pelos efeitos das psicopalavras, mas profundamente enganados, isso mesmo,
enganados, enquanto vemos imagens e mensagens , nosso cérebro é iludido pela
sensação, não de que vamos realizar nossos sonhos, mas de que já realizamos, é
tão prazeroso que sentimo-nos nas nuvens, principalmente nas comemorações de réveillon
.
Basta
pesquisar no doutor Google, ou com qualquer grande empreendedor, para ver que
as coisas não foram tão fáceis assim é pode até ser dolorido ouvir que seus
sonhos não vão se realizar, mas é a pura verdade, ao menos enquanto acreditar
nessa magia, sim, por que se por um lado você precisa ser otimista e acreditar
no que sonha, por outro, precisa duvidar de tudo isso, pois acreditar por
acreditar não vai fazê-lo realizar. Talvez as mensagens de ano novo seriam
perfeitas se dissessem que é preciso muito mais que ser positivo para alcançar
o sucesso, é preciso acordar cedo, perder noites de sono estudando, ficar até
mais tarde no trabalho acumulando experiências. Não trata-se de não sonhar e
não se emocionar com o ano novo, mas começar a planejar como vai lutar pelos
seus sonhos.
Enfim, a
sensação de que tudo vai dar certo nesse ano que se inicia, não é real, ao
menos enquanto você não começar a pensar em como vai fazer para que tudo
aconteça assim e sem mais deleites, chega de sonhar e está na hora de começar a
planejar, tirar do papel e viver na luta, então no final do ano seus motivos
vão ser muito mais reais, pois além do ano que finda bem sucedido você terá
outro começando e mais realizações pela frente.
FELIZ ANO NOVO!
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